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"Com identidade própria, Morbid Perversion resgata a selvageria do metal sul-americano"

 




Sete anos após seu primeiro álbum, o MORBID PERVERSION comete mais uma atrocidade não apenas contra a hipocrisia e o conservadorismo da cristandade, mas também desfere golpe de morte sobre os modismos do metal moderno e pasteurizado. Com ótima produção, a cargo da própria banda, o power trio soteropolitano honra as tradições do metal da Terra Sem Salvação em "Infamous Dogmas of Sacrifice", que devasta tudo em seu caminho nos pouco mais de 33 minutos de um infernal BLACK/DEATH METAL.


Ainda que siga a trilha iniciada na demo "Morbid Skills of Evil" (2012) e consolidada em "Rites of Lust and Blasphemy" (2017), de reverência explícita à tradição e à selvageria do antigo metal brasileiro e sul-americano, o MORBID PERVERSION deu um passo além para forjar sua própria entidade, injetando altas doses de um Heavy Metal pra lá de sujo e criando um clima tétrico ao longo de todo o material.

A convocação de Leandro Kastiphas para assumir o contrabaixo colocou ainda mais pólvora nos canhões do MORBID PERVERSION, conferindo um grau extra de letalidade à artilharia comandada por E. Sextrash (guitarra e vocais) e Lunatic (bateria). Uma das forças mais criativas, talentosas e obscuras do subterrâneo brasileiro, Kastiphas também contribuiu com intros e passagens em violão e teclados de gelar a espinha, remetendo a momentos de glória do metal negro nordestino e conjurando atmosferas que pareciam esquecidas e podem ser encontradas em discos da escola mineira, como os álbuns clássicos de CALVARY DEATH e IN MEMORIAN.


Na contramão da lógica algorítmica e de “fast food” à qual muitas bandas atuais aderem, a máquina mortífera baiana apostou em um álbum conceitual. “Ousamos em experimentar e fazer algo diferente dos lançamentos anteriores”, explica E. Sextrash. “As faixas se conectam, formando uma história que, ao discorrer sobre uma ordem religiosa na Igreja Católica medieval, descreve doutrinas peculiares”.


Segundo o demônio responsável pela tempestade de riffs e vociferações, a ordem em questão cometia barbarismos cínicos e crimes terríveis: “‘Celestial Rape’, como o nome sugere, versa sobre abuso sexual e moral, estupros e punições; ‘Chaoslust’, sobre escravidão, trabalho forçado e o sacrifício físico em nome de dogmas infames; ‘Divine Infanticide’, por sua vez, fala sobre infanticídio e a ocultação de cadáver”.


“Manipulação, escravidão, abusos, estupros, suicídio… tudo era ocultado”, sentencia E. Sextrash, deixando em aberto os paralelos que podem ser traçados entre as narrativas manifestas no álbum e episódios conhecidos da história de uma das instituições mais podres do planeta.


À altura do primitivo e bestial metal praticado historicamente no continente, "Infamous Dogmas of Sacrifice" já está disponível pela Black Hearts Records. A edição em CD traz slipcase com acabamento fosco e hotstamp vermelho, além de encarte de 16 páginas (com layout diferente da versão europeia).




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